domingo, 15 de agosto de 2010

Minha paixão por essa bandeira, meu orgulho por esse partido!


Quem me conhece sabe das inúmeras declarações de amor que já fiz ao Quilombo Urbano especialmente em minhas canções. O Q.U. é pra mim tudo aquilo que P.R.C. também expressa na belíssima canção “Família”. Mas, meus amores e paixões, além de minha esposa, filhos e parentes, não param por ai.

Hoje me orgulho de estar igualmente militando no PSTU do Maranhão, isso não só pelo fato de ser candidato a vice-governador, pois num partido revolucionário ser candidato não é sinônimo de status, é de desafio, mas por saber que estou num partido que honra a minha trajetória de vida e de militância política tanto quanto o Quilombo Urbano honrou ao longo de mais de 20 anos. Como diz meu irmão camarada Marcos Silva “O PSTU não é só um partido da ficha limpa, mas da bandeira também” e é verdade, Marcos.

Numa sociedade onde prevalece o individualismo, como principio supremo do capital, nossos militantes não falam e não aparecem como seres atomizados, não prometem como fazem os “salvadores da pátria”, não dizem “no meu governo eu vou fazer isso e aquilo”. Nossos militantes defendem um programa construído pela experiência e necessidades concretas de nossa classe, um programa que só poderá objetivar-se se a classe trabalhadora tomar de fato como SEU. É isso que me apaixona no PSTU. Meu partido não está acima da classe, assim como nenhum de nossos militantes flutuam acima do partido.

Para nós a palavra "Partido" significa tomar posição pela classe trabalhadora contra a burguesia, significa estar na luta com os negros, com as mulheres e demais setores oprimidos e explorados da sociedade. Partido para nós é coletividade; é o intelectual coletivo de nossa classe. Para os outros, Partido é mesmo sinônimo de colcha de retalho onde prevalece o nome dos candidatos, onde os mais ricos aparecem acima do coletivo, onde o parlamentar não milita, manda, não convence, impõe. No meu partido o “centralismo democrático” é expressão da equidade na coletividade. No olhar camaleônico dos outros Partidos, “povo”, em época de eleição, se transmuta em “eleitores”, para nós o “povo pobre” continua sendo classe trabalhadora.

Os outros partidos disputam votos, ou melhor, compram votos, nós disputamos a consciência de nossa classe. Meus irmãos militantes não sentem vergonha de dizer que são socialistas, não rebaixam o programa e o discurso para ganhar votos. Meu partido é eco-socialista, mas não se alia nem com “Verdes”, nem com “Tucanos” e nem com aquela estrela que capital ofuscou. Meu partido também não aceita dinheiro de empresários, meu partido não é mercadoria.

Tenho orgulho de ser de um partido de muitos intelectuais que humildemente e apaixonadamente defenderam como candidato a presidente da república um operário que nunca frequentou as salas das universidades; em meu partido os “Zés” são respeitados e valorizados. Mas, Zé Maria de Almeida não é um operário qualquer, ele é um daqueles que militou e foi preso juntamente com o ex-operário Lula, que com ele ajudou a fundar o PT e a CUT, mas que diferente de Lula e de muitos outros preferiu abrir mão do PT e da CUT a abrir mão da defesa dos interesses da classe trabalhadora. Meu partido no Maranhão também tem um candidato a governador que é “peão”, que pra burguesia é “osso duro de roer”, o camarada Marcos Silva, assim como muitos de nós espalhados pelo Brasil afora. Minha vice-presidente é negra, é nordestina, é maranhense e, acima de tudo, é de luta.

Meu partido é assim, com defeitos, é claro, mas com militantes orgulhosos e apaixonados, um partido que honra a bandeira que empunha por que empunha uma bandeira que tem honrado a trajetória da classe trabalhadora na luta pela construção do socialismo nesse país. Meu partido, repito, é o PSTU.

Hertz Dias- Militante do Quilombo Urbano e candidato a vice-governador do Maranhão pelo PSTU.


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