quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Lançamento público da 5ª Marcha da Periferia "Reforma Urbana Já!"


Nesta quinta-feira (28), a partir das 19h, acontece em São Luís o evento de lançamento da 5ª Marcha da Periferia, no Quilombo Cultural Lagoa Amarela, Praça da Criança (próximo ao Chez Moi), na Praia Grande.

Com o tema "Reforma Urbana Já!" a atividade começa com a exibição do vídeo "Litania da Velha" (15 min) seguida de debate com Diogo Cabral (Comissão de Direitos Humanos da OAB), Reginaldo Alves (Quilombo Urbano) e Marcos Silva (Oposição Urbanitários e CSP Conlutas - MA).

O lançamento público da 5ª edição da Marcha da Periferia, promovida pelo Comitê Pró-Periferia, será encerrado com o show do Grupo de Rap Q.I. Engatilhado.

5ª Marcha da Periferia em São Luís

Desde 1989 o Movimento Hip Hop Organizado do Maranhão “Quilombo Urbano” realiza os já tradicionais festivais de Hip Hop’s caminhando para a sua 21ª edição. No entanto, a partir de 2006, diante da intensificação dos conflitos entre a juventude das periferias, os quais chamamos de “guerra interna”, resolvemos organizar a Marchas da Periferia que é coordenada por um conjunto de entidades do movimento social, sindical e cultural denominado Comitê Pró-Periferia. Para sensibilizar e mobilizar o seu público alvo diversas atividades políticas e culturais serão realizadas nesses bairros culminando com uma grande caminhada pelo centro da cidade numa sexta-feira da semana da consciência negra, encerrando com o festival Hip Hop-Zumbi. Para o ano corrente, 2010, escolhemos como tema “Reforma Urbana Já”.

Por que Reforma Urbana Já?
“Sou um monstro criado por ti no lixão do Jaracati/ foi ali que vi minha mãe garimpando o lixo pra mim/ foi ali que eu vi meus irmãos todos negros com calos nas mãos/ atração pro boy que filmava da sacada de sua mansão/ foi ali que eu vi o contraste duas cidades numa cidade/ foi ali que eu vi que nós “era” patrimônio da desigualdade/ (O Imortal, Gíria Vermelha)

Nas últimas décadas o nosso planeta tem vivido um processo de urbanização e favelinização assustador que em sua essência reproduz as contradições do modelo de organização da sociedade capitalista. Enquanto urbanistas de gerações anteriores projetavam cidades para o futuro construídas de aços e vidros, a realidade mostra que em países como Etiópia e Bangladesh mais de 99% da população urbana moram em favelas. No Brasil o déficit habitacional chega a atingir cerca de 7,9 milhões de moradias (dados de 2006), um número impressionante se levarmos em consideração que o programa habitacional mais propagandeado pelo atual governo, o “Minha Casa, Minha Vida”, atingirá apenas um milhão de moradias, sendo apenas 400 mil para famílias com renda de até três salários mínimos. O estado do Maranhão é um exemplo critico desse processo de urbanização capitalista. Somos o estado com o maior déficit habitacional do país (36,5%) ao mesmo tempo em que São Luís tem o metro quadrado mais caro do nordeste. Preceitos básicos como o direito de ir e vir estão cada vez mais restritos. Em São Luís falta transporte público de qualidade e sobra vagas nos carros que já perfazem uma frota de mais de 300 mil veículos numa cidade com aproximadamente um milhão de habitantes. Não há aberturas de vias públicas para desafogar o transito caótico, nem muito menos ciclovias ou vias para pedestres. O plano diretor das grandes cidades é sempre modificado ao bel prazer das necessidades de reprodução do grande capital. Se por um lado sem-tetos são despejados ou removidos das áreas de ocupações, por outro lado, grandes empreendimentos como shoppings e condomínios de luxos são construídos em áreas de preservação ambiental com a total conivência dos governos que ainda os financiam. Aliás, os grandes invasores de terras da União em nossa cidade são os empresários do ramo imobiliário. Nas áreas de implantação dos grandes projetos no Maranhão grupos armados, os chamados milicianos, financiados por esses empresários intimidam moradores a deixarem suas terras e moradias, a exemplo do que vem ocorrendo no bairro do Quebra Pote na zona rural de São Luís. Nas periferias, além da precarização das habitações, inexistem espaços públicos para práticas culturais e esportivas, prevalecendo uma clara política de Estado de facilitar a entrada de drogas como crack e a merla que só tem alimentado a “guerra interna” entre a juventude negra e pobre, justificando assim a militarização desses bairros e a criminalização dos seus moradores.

Programação
As atividades referentes a 5ª Marcha da Periferia acontecerão no período de 24 de outubro a 20 de novembro conforme segue abaixo:

Dia 24 de outubro
Atividade no Bairro Jardim América organizado pelo Núcleo de Mulheres Preta Anastácia-Quilombo Urbano.

Dia 28 de outubro
Debate “Reforma Urbana já” no Quilombo Cultural Lagoa Amarela, com representantes do Movimento Hip Hop Quilombo Urbano, CSP- Conlutas-MA, Comissão de Direitos Humano-OAB.

Dia 30 de outubro
Atividade no Bairro Novo Angelim;

Dia 07 de novembro
Atividade no Bairro Liberdade;

Dia 14 de novembro
Atividade no Bairro IPASE.

Dias 15 e 16 de novembro
Palestra em escolas da rede pública de São Luís.

Dia 17 de novembro
Lançamento da Revista Universidade e Sociedade nº46, edição especial sobre questão racial com presença de diversos autores dos artigos publicados na referida revista em represente do Movimento Negro Quilombo Raça e Classe do Rio de Janeiro. Local: UFMA

Dia 18 de novembro
Debate “Reforma Urbana Já” no Quilombo Cultural Lagoa Amarela, com representantes do Movimento Hip Hop Quilombo Brasil, MTST filiado a CSP-Conlutas e Centro de Cultura Negra do Maranhão e Quilombo Raça e Classe-RJ.

Dia 19 de novembro
8h: Reuniões a partir da formação de Grupos de Trabalhos divididos em temáticas como gênero, raça, cultura, etc; Local: Sindicato dos Bancários.
15h: Realização da V Marcha da Periferia. A concentração acontecerá em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite na Praça Deodoro no Centro Comercial de São Luís de onde seguirá a passeata. Uma pauta de reivindicações com base na temática “Reforma Urbana” que será entregue aos governos estaduais e municipais.
19h: realização do 20º Festival Hip Hop - Zumbi no Centro Cultural Circo da Cidade localizado no Bairro Praia Grande no Centro Histórico de São Luís. Esse evento será também um momento de confraternização entre todas as entidades parceiras e do Quilombo Urbano.

Dia 20 de novembro
9h: Visita a bairros da periferia de São Luís.
14h: Reunião do MHM Quilombo Brasil para avaliação da atuação dessa entidade no ano 2010 e encaminhamento do calendário de lutas para o primeiro semestre de 2011.
19h: Atividade cultural no Bairro da Liberdade em São Luís, considerado o de maior contingente negro desta cidade e o mais criminalizado pelo Estado e pela mídia comercial burguesa.

Entidades parceiras
CSP-CONLUTAS-MA, MOVIMENTO NEGRO QUILOMBO RAÇA E CLASSE, SINASEFE-MA, APRUMA, SINTRAJUFE-MA, SINDICATOS DOS BANCÁRIOS-MA, ANEL, C.A. DE SERVIÇO SOCIAL-UFMA, D.A. DE FARMÁRCIA-UFMA, DCE-UEMA, LUTA URBANITÁRIOS, M.R.P. G.T. EM EDUCAÇÃO- CSP CONLUTAS, COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS-OAB, GRIOUT-UFMA.

domingo, 24 de outubro de 2010

França: aumento da repressão não contém mobilização contra reforma

Apesar do recrudescimento da repressão, os protestos contra a reforma das aposentadorias não recuam na França. Nesse dia 21 de outubro, enquanto a medida era discutida no Senado, algo em torno de 1 milhão de franceses protestavam nas ruas, principalmente estudantes.






Protesto em Lyon, sul da França

• Só em Paris marcharam 15 mil estudantes nessa quinta. Até aqui as mobilizações estudantis eram puxadas sobretudo por secundaristas, já que as universidades estavam em férias. Com o retorno às aulas, os universitários devem também engrossar as fileiras da juventude que lutam ao lado dos trabalhadores contra os ataques de Sarkozy.

O governo, por sua vez, mantém irredutível e, além de ordenar o desbloqueio das refinarias, ocupadas pelos trabalhadores, determinou a aceleração da aprovação da reforma no Senado. Inicialmente prevista para ocorrer nesse dia 21, o governo espera votar a medida até essa sexta-feira, 22.


Repressão
Acuado pela entrada da juventude nos protestos, o governo francês vem aumentando a repressão e as prisões de manifestantes. Só nesse dia 21, foram presas 266 pessoas. Ao todo, até agora, 2.257 ativistas foram detidos, grande parte menores de idade. Após uma dura repressão policial em Lyon, Sarkozy lançou uma ameaça aos manifestantes: “Serão localizados, presos e castigados, tanto em Lyon como em outros lugares”

O movimento, porém, não dá sinais de que irá arrefecer. Continuam paralisadas 12 refinarias, o que afeta o abastecimento. Além disso, outros setores estão em greve por tempo indeterminado. “O movimento vai muito além das duas áreas destacadas pela mídia”, afirma a Central “Solidaire”, destacando que as paralisações atingem tanto setores públicos como privados.



Segundo a central, vinte fábricas de borracha estão paradas, incluindo grandes multinacionais como a Goodyear e a Michelin. Empresas de energia e instalações de gás também estão paralisadas. O transporte urbano está parcialmente parado em diversas regiões e, em todo o país, os caminhoneiros organizam bloqueios.

Sarkozy aposta na aprovação da medida nesste dia 22 e no próximo feriado para desmobilizar os protestos. Já a direção dos principais sindicatos convocaram novas jornadas de lutas para os dias 28 de outubro e 6 de novembro. A juventude os trabalhadores, porém, podem não esperar.

sábado, 9 de outubro de 2010

Voto contra a direita no segundo turno é voto nulo

No segundo turno das eleições vão se enfrentar Dilma e Serra. Vai haver uma pressão grande entre os trabalhadores no sentido de votar em Dilma “para evitar a volta da direita”.

O PSTU tem total acordo com a luta contra a oposição de direita. Somos radicalmente contra a volta da turma do FHC. No primeiro turno, o PSTU teve seu programa final cassado pela justiça a pedido do PSDB. Isso ocorreu por termos mostrado que Serra- que atacava Dilma por corrupção- também tinha o rabo preso, por ter apoiado o ex-governador Arruda de Brasília. Isso foi parte de nossa batalha contra a oposição de direita, que ocorreu em todo o primeiro turno.

Mas lutar contra a direita não significa votar em Dilma Roussef. A direita não é representada nessa campanha só por Serra. Direita e esquerda são termos relativos, mas em geral a direita representa a grande burguesia. E hoje, no Brasil, as grandes empresas estão divididas. Um setor apóia Serra, o que é mais que evidente nas empresas de TV e jornal. Outro setor, que inclui uma parte dos banqueiros (talvez a maioria), as multinacionais, os governos imperialistas, apóia política e financeiramente as duas campanhas, com um leve pendor para Dilma.

Não é por acaso que a candidatura de Dilma arrecadou bem mais que a de Serra junto às grandes empresas. Não é por acaso o apoio dos governos imperialistas para marcar aqui as Olimpíadas e a Copa do Mundo. Tampouco foi um acaso que a cotação do dólar se manteve estável nas eleições, chegando a baixar um recorde inferior a 1,6 reais.

Temos duas candidaturas em defesa do grande capital nas eleições, duas candidaturas de direita. Votar por Dilma ou por Serra é votar na manutenção do plano econômico neoliberal aplicado por FHC e continuado por Lula. É votar contra a reforma agrária que foi bloqueada por FHC e também por Lula. É votar na ocupação militar do Haiti defendida por Dilma e Serra.

Qualquer um dos dois vai atacar os trabalhadores duramente quando a crise econômica internacional voltar a se abater sobre o Brasil. Tanto um como outro já anunciaram sua disposição de mudar a previdência, atacando mais ainda os aposentados. Pense nisso: cada voto em Dilma no segundo turno é uma força a mais para uma nova reforma da previdência. Uma votação em Serra teria a mesma conseqüência.

Votar em Serra seria votar junto com FHC, Cesar Maia, Yeda Crusius, velhas figuras da direita desse país. Votar em Dilma seria votar junto com Maluf, Collor, Sarney, Jader Barbalho, outras figuras da mesma direita.

Por esses motivos, votar contra a direita nesse segundo turno é votar nulo. Chamamos os trabalhadores e jovens que nos acompanham a seguir votando em nossa legenda 16, que agora vai significar um voto nulo.

Direção Nacional do PSTU

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Em meio ao banditismo das eleições burguesas sobrevive a luta.*

Em uma das eleições mais disputadas de sua história o Maranhão acordou em silêncio. Essa situação contrasta com a reação popular ocorrida após o resultado das eleições de 2006 quando Jackson Lago (PDT) venceu a candidata Roseana Sarney (PMDB). São Luís, naquela ocasião, virou a noite em claro em comemoração a sua suposta libertação do julgo de quarenta anos da oligarquia Sarney no Maranhão. Muita gente, da plebe e da classe média, sentia-se como ex-escravos que se aquilombavam após enroscar no pescoço do seu senhor as correntes que os aprisionavam. É claro que Jackson Lago não era um dos nossos, não era um quilombola visto que em seu primeiro ano de governo resolveu mostrar logo sua verdadeira face, a de feitor.

Jackson Lago governou contra os trabalhadores e a favor do agronegócio e isso, evidentemente, imprimiu um ceticismo muito grande naqueles que alentaram ver um governo que se diferenciasse minimamente da forma familocráta de governar do grupo Sarney. Jackson Lago pagou um preço alto, refletido no resultado dessas eleições, não só por ter enfrentado os sarney’s, mas por ter atacado os trabalhadores em seus dois anos de governo. É certo que na cassação de Jackson teve a mão de Sarney e a conivência de Lula.

No entanto segue a pergunta: por que tanto silêncio e apatia após uma vitória tão apertada de Roseana Sarney numa eleição transcorrida em um clima de suspense digno de roteiro de filmes hollywoodiano com ameaça de impugnação de candidaturas, queda de helicóptero, dois comícios (de Jackson e Roseana) marcados para o mesmo local e horário no último dia de campanha, internação de José Sarney com arritmia cardíaca, e tantos outros fatos que apimentavam ainda mais a disputa pela sucessão do governo do Maranhão?

Para nós há uma resposta, dentre outras possíveis, digna dessa pergunta: o motor político dessas eleições foi o poderio econômico. A população não se mobilizou, foi mobilizada pelo dinheiro da democracia burguesa. Milhares de mulheres, idosos e jovens tremulavam bandeiras de candidatos, raramente de partidos, nas avenidas, rotatórias, praias, etc, com a mesma apatia que presenciamos hoje no rosto da maioria dos populares com o resultado das eleições, poucos foguetes foram estourados na noite passada. Muitos estavam mais preocupados com seus “ganha pão” do que com a eleição de seu patrão-candidato, aliás, o fim das eleições representou para muitos o fim de um emprego temporário, por isso estão apáticos. Um segundo turno seria mais interessante para os mesmos, seria prorrogação por mais algumas semanas de um tipo de trabalho que em média representa mais de 3 meses de bolsa família num estado com cerca de 3 milhões de pessoas sobrevivendo abaixo da linha de pobreza. As eleições no Maranhão, e certamente no restante do país, mostrou que a democracia burguesa é mesmo uma grande ditadura dos negócios capitalistas em razão das necessidades extremas dos mais pobres.

A população do Maranhão se viu coagida pelos sarney’s e chantageada por Lula do PT. Os programas eleitorais da coligação PT/PMDB eram verdadeiras cenas de assédio moral. A população foi levada a crer que se Edson Lobão, João Alberto e Roseana Sarney não fossem eleitos não teríamos termoelétrica, exploração de gás-natural, refinaria de petróleo e nenhum dos demais mega-projetos que aqui se instalarão em razão das riquezas de nossos recursos naturais e da força de trabalho barata que temos disponível. Nos programas desses candidatos Lula e Dilma faziam exigências no nível daquelas feitas pelos seqüestradores aos parentes dos reféns. O PT mais do que nunca se associou ao banditismo político. Desta maneira até um poste sem luz seria eleito, se indicados por eles. O PC do B de Flávio e o PDT de Jackson Lago calaram-se diante dessa barbárie para não perder votos e por que são parte do projeto que a Frente Popular tem para o Brasil, o do capital. Mesmo os candidatos da chamada esquerda do PT foram eleitos dentro desse esquema, assim favoreceram também a reeleição dos sarneys.

Em razão disso não dar pra comparar, por exemplo, os 21.944 votos de Claudicéa Durans e os 17.818 de Luis Carlos Noleto, ambos do PSTU com os 1.702.085 de Edson Lobão e os 1.546.298 João Alberto do PMDB. Em termos quantitativos realmente não dar. Mas se levarmos em consideração que quase 40 mil pessoas votaram nesses candidatos que se quer tinha panfletos, tempo na televisão nem muito menos dinheiro pra fazer suas campanhas, esse sim é um fato digno de comemoração, especialmente por suas coragens, em nome de princípios classistas, de denunciar e desmascarar os candidatos da burguesia em seu próprio campo que é o das eleições. Foram 40 mil votos contra a estrutura da democracia burguesa e da cidadania dos negócios.

O PSTU gostou menos de 20 mil reais nessa campanha enquanto Roseana declarou gastar cerca de 20 milhões de reais fora os não declarados. Enquanto os modestos recursos do PSTU era para gastar com material de campanha, os de Roseana era principalmente para “comprar votos”. Faça as contas levando em conta os 1.459.792 votos que ela obteve nessas eleições e verás que cada voto do grupo Sarney custou em média 30 reais, sem contar o aparato midiático que eles tem a seu favor. Os votos no PSTU não foram comprados e nem somente conquistados, foi resultado do encontro da classe com a sua própria consciência.

Marcos Silva (PSTU) obteve mais de 10 mil votos só em São Luís, tudo isso nas mesmas condições acima descrita e sobre a pressão do chamado “voto útil” em Jackson Lago ou Flávio Dino. A esquerda socialista e todos (as) aqueles (as) que acreditaram em nossos programas tem motivos de sobra para comemorar. O resultado dessas eleições só reafirma nossas convicções de que o socialismo é a via necessária para a libertação da classe trabalhadora e as lutas sociais o campo privilegiado para a sua edificação. Um setor a mais da nossa classe encontrou-se consigo mesmo nesse processo eleitoral e se reencontrará conosco nas lutas que nos esperam mais a frente.

Com muito orgulho reafirmamos “É preciso lutar, é possível vencer!"

*por Hertz Dias (militante do PSTU e candidato a vice-governador)

sábado, 2 de outubro de 2010

Voto útil é o voto no 16! *


A nossa campanha está na reta final é hora de decidirmos em quem votar. Nós do PSTU somos contra a oligarquia e mantemos uma política implacável contra ela, não só em período de eleição, mas nas lutas cotidianas. Todos nós sabemos das mazelas deixadas por este grupo que trata o estado como feudo seu. Nesses quarenta anos de domínio, o Maranhão tem apresentado os piores indicadores sociais. Temos hoje mais de um quarto da população vivendo na pobreza extrema. Um a cada quatro maranhenses não tem acesso à água potável e apenas 13,36% têm acesso a coleta de esgoto. A maioria dos municípios não possui serviços de drenagem urbana tecnicamente corretos e são deficientes na coleta e no tratamento do lixo.

A política adotada nos dois governos de Roseana Sarney foi de privatizar empresas importantes para economia do estado como a CEMAR, Banco do Estado, COPEMA e EMATER, sem falar que seu governo foi mergulhado em situações de escândalos como o caso da LUNOS e da empresa de confecções em Rosário. O seu governo trouxe lucro para empresas, bancos e enriquecimento da sua família. Aos trabalhadores dedicou-se a ataques principalmente aos professores e muitos trabalhadores foram demitidos com as demissões de empresas importantes que moviam a economia do estado.

Porém alguns podem pensar que é melhor votar em Flávio Dino ou Jackson Lago para evitar a hegemonia da oligaquia Sarney e com isto vemos difundir o voto útil. Se estes candidatos desejassem de fato derrotar a oligarquia, não fariam alianças e nem seriam financiados por banqueiros, latifundiários e empresários Na verdade, são “duas direitas” disputando o aparato de Estado. Eles têm o mesmo projeto para o país, com a mesma política do PT de Lula e do PSDB, ou seja administrar o capitalismo possibilitando enormes lucros para as grandes empresas, que depois das eleições pagarão esses favores com ataques aos direitos dos trabalhadores, arrocho salarial e sucateamento da saúde, educação, transportes.

Nós, ao contrário, queremos o apoio dos trabalhadores e estudantes conscientes. Precisamos do seu voto.Temos orgulho de não aceitar dinheiro de nenhum setor da burguesia. Mantemos nossa independência financeira, o que é imprescindível para manter nossa independência política em relação a todos os setores da burguesia. Ficamos com nossos poucos recursos e nossa campanha modesta.

Já tivemos experiência com a frente ampla que se constituiu no Estado para derrotar a família Sarney, porém essa frente foi apenas eleitoreira e hoje o PT que era um dos principais opositores está junto com a oligarquia.
Por isso não é útil aos trabalhadores votarem em Jackson Lago e Flávio Dino, pois os ataques aos trabalhadores continuarão. O voto em Marcos Silva é o voto útil para fortalecer as lutas da classe trabalhadora. Útil para afirmar uma alternativa socialista para os trabalhadores. O voto contra a direita, o verdadeiro voto de protesto é no 16!

Voto útil contra a direita e pseudo-esquerda, é o voto no 16. Imprima abaixo sua cola e leve para o dia da votação.

Deputado Estadual: Ramon Zapata - 16116
Deputado Federal: Eloy Natan - 1616
Senadora: Claudicéa - 161
Senador: Noleto - 163
Governador: Marcos Silva - 16. Vice: Hertz Dias
Presidente: Zé Maria de Almeida - 16. Vice: Cláudia Durans

*Por Claudicéa Durans (Candidata a Senado - 161)