quarta-feira, 29 de junho de 2011

I Seminário de Educação da CSP Conlutas com Amanda Gurgel


A CSP CONLUTAS Maranhão realiza I seminário de Educação: Debatendo o Plano Nacional de Educação com a presença da professora Amanda Gurgel.

O seminário acontecerá nos dias 8 e 9 de julho na sede do Sindicato dos Bancários localizado na Rua do Sol, Centro. As inscrições para o Seminário poderão ser feitas no evento de abertura que acontecerá no dia 8 (sexta-feira) no lançamento da Campanha 10% do PIB para educação já! com a presença da professora Amanda Gurgel. A taxa de inscrição para professores e demais profissionais será de apenas R$ 10,00 e para estudantes e desempregados R$ 5,00.

Participe!

O PNE DO GOVERNO FEDERAL É PARA OS EMPRESÁRIOS DA EDUCAÇÃO E NÃO PARA OS EDUCADORES

Durante os 8 anos de governo, Lula manteve praticamente o mesmo índice de destinação das verbas do PIB para educação que o governo de FHC aplicava, ou seja, não ultrapassando a casa dos 4%. No PNE de 2001 a previsão era de atingir pelo menos 7% em dez anos, meta que virou pó.


Com Dilma, certamente, não será diferente. Nem bem começou seu governo e já passou a tesoura no orçamento da educação, cortando R$ 3,1 bilhões do setor. Tudo isso, apesar do gigantesco crescimento da economia brasileira que atinge patamares de 7% ao ano, perdendo apenas para a China que cresce em torno de 10%.


Em nível estadual o quadro se repete. Os professores do Estado do Maranhão amargam mais de dois anos sem reajuste salarial e sem PCCV, ainda que nosso Estado seja na atualidade um dos que mais cresce em arrecadação de impostos do país.


Nesse mesmo contexto, o prefeito João Castelo se nega a apresentar uma proposta de reajuste salarial aos professores de São Luís, apesar do crescimento em cerca de 70% dos recursos do FUNDEB de 2011 em relação a 2010.


Não só os salários dos educadores estão defasados, a situação das estruturas das escolas e das Universidades públicas é calamitosa. Se a educação básica tem se transformado em um depósito de crianças pobres, sem as mínimas condições de funcionamento, o REUNI tem transformado as universidades públicas em grandes colégios de excelência superior com turmas superlotadas, minando assim o tripé ensino, pesquisa e extensão, além de precarizar a função docente. No Instituto Federal do Maranhão (IFMA), por exemplo, apenas 92 professores lecionam no ensino superior.


Mesmo cientes dessa situação, os governos preferem transferir verbas públicas para as universidades privadas via bolsas do PRÓ-UNI e agora para as escolas particulares via PRONATEC, o PRO-UNI piorado da educação básica. O que o governo gasta com uma vaga numa faculdade privada poderia oferecer três em uma pública. O golpe de misericórdia dessa política de sucateamento da educação pública e de transferência de verbas públicas para o ensino privado virá com a aprovação do Plano Nacional de Educação do governo Dilma para os próximos 10 anos e que já tramita no congresso. O PNE de Dilma é a negação do PNE que a sociedade civil brasileira construiu ao longo de décadas.

E AS MAIORIA DE NOSSAS ENTIDADES, O QUE FAZEM?

Diante desses ataques, entidades que historicamente estiveram ao lado dos educadores e estudantes, como a CTNE e a UNE, nada fazem para se contrapor. Pelo contrário, se encontram de mãos dadas com os governos, legitimando os ataques à educação publica à medida que apóiam todos esses projetos.

O PNE QUE QUEREMOS CONSTRUIR É OUTRO, E AS MOBILIZAÇÕES APONTAM PARA ISSO.

Entretanto, nem tudo é derrota. Diariamente a grande imprensa tem noticiado uma avalanche de movimentos grevistas de educadores que ocorrem por todo o país, exigindo melhores condições de trabalho e de salários. A maioria dessas greves tem acontecido a contragosto das direções sindicais, tal como aconteceu com os professores do Estado do Maranhão que passaram 78 dias em greve enfrentando truculência de Roseana Sarney e a inoperância da direção do seu sindicato.



Foi esse contexto que deu ressonância nacional a fala da Professora Amanda Gurgel do Rio Grande do Norte que conseguiu sintetizar de maneira simples e objetiva o caos que está instalado na educação pública brasileira.


Diante desse quadro, ora desolador, em razão dos ataques combinados dos governos e do imobilismo da maioria de nossas direções sindicais, mas também ora animador, pelo TSUNAMI de lutas em defesa da educação publica que acontece em todo o país, é que diversas entidades de educadores filiadas à CSP CONLUTAS estão construindo seminários preparatórios rumo a um grande encontro nacional para a construção de um Plano Nacional de Educação. O nosso PNE pretende resgatar as demandas históricas da classe trabalhadora e atualizar a bandeiras igualmente históricas que os educadores deste país construíram em seus fóruns específicos, enquanto categoria e as ergueram em suas lutas com o conjunto de sua classe.

Veja a seguir a programação e participe conosco desse momento histórico.

PROGRAMAÇÃO:

DIA 08/07 (SEXTA-FEIRA):
Lançamento da Campanha 10% do PIB para a Educação já
Palestrante: Professora Amanda Gurgel- RN.
Inicio: 19h.

DIA 09/07 (SÁBADO):
Debatendo o Plano Nacional de Educação
9h: O Antigo e o Novo PNE para Educação Superior: O que Muda e o que Fica.
EXPOSITORES: Representante do SINASEFE, ANEL e APRUMA
10h: Debate em grupos de Trabalho
11h: Plenária entre os grupos de Trabalhos
14h: O PNE QUE QUEREMOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA.
Expositores: Representantes da Setorial de Educação, MRP e do SINASEFE.
15h: Debate em grupos de trabalho
16h: Plenária entre os grupos de trabalhos
17h: Plenária final para encaminhamentos das proposições consensuadas entre os grupos.

LOCAL: AUDITÓRIO DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS

ENCERRAMENTO:
20h: PROGRAMAÇÃO CULTURAL
LOCAL: BAR DO PORTO, PROJETO REVIVER PRAIA GRANDE.

INFORMAÇÕES: 8712-4083 / 8136-7706/ 9603-8034 / 8185-5712

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Patrões demitem rodoviários após greve

O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão denunciou uma onda de demissões de motoristas e cobradores de transportes coletivos após a forte greve da categoria que parou a cidade durante a semana passada.


Os demitidos são principalmente das empresas Taguatur, São Benedito e Maranhense e totalizam mais de 70, alguns com mais de 15 anos de trabalho, numa mostra clara de perseguição aos ativistas da greve.


Segundo o presidente da entidade, as empresas vem usando da coação e do constrangimento contra os funcionários após o retorno da greve e adverte que se persistirem as demissões sem justa causa a greve poderá retornar na segunda-feira (6 de junho).


A categoria paralisou suas atividades na semana passada exigindo aumento de 16% e melhoras no ticket-alimentação e no plano de saúde. Numa demonstração de perversidade, insensibilidade e ganância os empresários do setor negaram as reivindicações e conseguiram na Justiça a ilegalidade e abusividade da greve.


Numa decisão totalmente descabida, a Justiça do Trabalho determinou que 80% da frota saísse das garagens e autorizou as empresas a contratarem novos funcionários para substituir os grevistas. A Polícia foi chamada também para coagir os rodoviários a retornarem ao trabalho e chegaram a usar a força durante manifestação da categoria.


Nós do PSTU, exigimos a readmissão imediata dos trabalhadores, a estabilidade no emprego para todos os funcionários, redução da jornada de trabalho e atendimento das reivindações da categoria.

Não às demissões! Readmissão imediata de todos os rodoviários demitidos

Segue abaixo notícia do Sindicato dos Rodoviários de Macapá (AP) filiados à CSP Conlutas que trata também da perseguição da patronal após a última greve da categoria.

Empresários de ônibus de Macapá (AP) perseguem e atacam dirigentes do sindicato

Os Rodoviários do Macapá (AP) enfrentam os ataques da patronal, após vitoriosa Campanha Salarial realizada no mês de junho. Durante a Campanha, a categoria realizou uma greve de oito dias e conquistou a redução da carga horária de 44h para 42h semanais. Após o término desta paralisação, foram demitidos dois dirigentes sindicais, Albino Melo de Miranda e José Luiz Carvalho, da Empresa de Ônibus Cidade de Macapá. Estes sindicalistas tiveram importante participação durante a greve e, esta medida, foi uma tentativa dos patrões de enfraquecer o movimento.


Diante destes ataques, o Sindicato dos Rodoviários do Amapá juntamente com a Conlutas, está iniciando uma Campanha de Solidariedade contra estas demissões e pela reintegração destes funcionários.


Segundo o membro da Conlutas Amapá Genival Cruz Araujo, esta não foi a primeira vez que funcionários são demitidos injustamente, após paralisação. Os rodoviários do Amapá têm sofrido ataques da patronal desde 2002. No final de 2008, foram demitidos nove diretores sindicais. Neste período, a Conlutas conseguiu a reintegração de cinco destes dirigentes, com envio de moções e apoio judicial. “Vários sindicatos filiados à Conlutas contribuíram financeiramente, enviaram moções e nos ajudaram muito, neste sentido pedimos novamente apoio”, disse Araujo.



Na Campanha Salarial de 2010 a patronal atacou o Sindicato com o não repasse financeiro, com a ameaça de quem se filiasse seria demitido, além deste último ataque com a demissão dos dois dirigentes.


Araujo informa ainda, que as empresas utilizam estas demissões como forma de enfraquecer a diretoria do Sindicato que ao longo dos anos, tem conseguido importantes avanços para os rodoviários, com melhorias nas condições de vida dos trabalhadores.


“Qualquer ataque aos trabalhadores é um ataque ao conjunto da classe trabalhadora, fazemos um chamado a este conjunto para que através da Conlutas se some nesta Campanha de solidariedade”, salientou Araujo.


Nesta sexta-feira (16) o Sindicato dos Rodoviários do Amapá, fará uma reunião para definir os rumos da campanha, como endereço de envio de moções e demais encaminhamentos. Todas as medidas de apoio serão amplamente divulgadas pela rede e pelo site da Conlutas.


Da redação da CSP Conlutas