quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sem medo de ser Socialista, sem medo de ser PSTU!


Por Letícia Pinho*

Em 1º de Maio de 2002 houve a gota d'água de uma grande reviravolta da minha vida. Sempre me lembro desse dia como uma data que marca a certeza absoluta de que lado estava e continuo estando na história. Alguns anos depois a convicção foi aumentando: do anarquismo ao socialismo.Depois de uma jornada cheia de avanços, retrocessos, erros e acertos, encantos e desencantos decidi dar um passo adiante. 

Decidi fazer uma experiência - cheia de inseguranças, dúvidas e incertezas - com o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, o PSTU. Esse dia foi 26 de abril de 2012 e nesses intensos 30 dias chego a conclusão de que boa parte dos meus receios iniciais foram superados. 

Hoje, 30 dias depois de uma data que sem sombra de dúvidas é um marco na minha vida, posso dizer que estou muito feliz com a minha escolha. Tem sido muito bom construir um partido tão poético e aguerrido, de luta. Mas esses 30 dias também tiveram algumas tristezas. Me deixa triste por exemplo ver que tantos companheiros ao longo desses anos, por diversão pueril ou pura falta de informação caluniem tanto o PSTU - e eu, por inúmeras vezes acreditei nessas calúnias. Somente agora pude ver se desmanchar aos meus olhos tantas coisas que injustamente proclamam aos quatro ventos.

Estou falando que o partido é perfeito? Não, longe disso. Não acredito em perfeição. E esse é outro ponto que tem colaborado bastante para a nova percepção que tenho da organização: o duro e fraterno combate às nossas debilidades, aos nosso erros, aos nossos tropeços, às nossas falhas em busca do fortalecimento das nossas fileiras nessa longa caminhada histórica. 

Agradeço aos que tiveram paciência, agradeço às longas madrugadas insones debatendo sobre revolução e sobre socialismo, agradeço a todos que conheci ao longo da minha trajetória de militância, agradeço a todos que polemizaram, criticaram e apontaram defeitos no meu caminhar e nas minhas decisões políticas pois com base em tudo que dialoguei com vocês, com base em tudo que vi e vivi nessa minha (ainda) breve vida é que tenho total clareza de todo o aprofundamento político que me fez escolher esse partido como O Partido que eu quero construir.

É isso,

Sem medo de ser Socialista, sem medo de ser PSTU! 

"Se cada hora vem com sua morte
se o tempo é um covil de ladrões
os ares já não são tão bons ares
e a vida é nada mais que um alvo móvel
você perguntará por que cantamos
se nossos bravos ficam sem abraço
a pátria está morrendo de tristeza
e o coração do homem se fez cacos 
antes mesmo de explodir a vergonha
você perguntará por que cantamos
se estamos longe como um horizonte
se lá ficaram as árvores e céu
se cada noite é sempre alguma ausência
e cada despertar um desencontro
você perguntará por que cantamos
cantamos porque o rio esta soando
e quando soa o rio / soa o rio
cantamos porque o cruel não tem nome
embora tenha nome seu destino
cantamos pela infância e porque tudo
e porque algum futuro e porque o povo
cantamos porque os sobreviventes
e nossos mortos querem que cantemos
cantamos porque o grito só não basta
e já não basta o pranto nem a raiva
cantamos porque cremos nessa gente
e porque venceremos a derrota
cantamos porque o sol nos reconhece
e porque o campo cheira a primavera
e porque nesse talo e lá no fruto
cada pergunta tem a sua resposta
cantamos porque chove sobre o sulco
e somos militantes desta vida
e porque não podemos nem queremos
deixar que a canção se torne cinzas."


MÁRIO BENEDETTI: PORQUE CANTAMOS


* estudou ciências sociais na UFMA, foi Centro Acadêmico "Florestan Fernandes" participou ativamente do movimento estudantil dessa Universidade, ajudou a construir a maior ocupação de reitoria (2007), na luta contra a aprovação do REUNI. Atualmente mora em São Paulo e cursa ciências socias na USP

domingo, 15 de abril de 2012

Escândalo na Assembleia Legislativa do Maranhão

PSTU exige devolução de salários e vantagens recebidas por deputados estaduais

No último domingo veio à tona pela mídia nacional mais um absurdo praticado pelos governantes do nosso estado. Foi revelada uma série de privilégios concedidos pela Assembleia Legislativa aos seus membros, entre eles o pagamento de auxílio saúde a ex-deputados, altissimas verbas de gabinete e o pagamento de 18 salários anuais para todos os deputados.

Esse abuso ocorria desde 2006 e somente agora diante da repercussão na imprensa e nas redes sociais e a pressão da opinião pública é que os deputados decidiram por fim ao auxílio e reduzir para 15 o número de salários recebidos por ano, mesmo quantidade recebida pelos deputados federais e senadores.

Após a revelação do caso, a maioria dos deputados do Maranhão preferiram não dar declarações sobre o assunto e aqueles que tentaram justificar tamanhos privilégios acabaram soltando inúmeras “perólas”. Segundo a deputada Graça Paz (PDT) os super salários serviriam para servir a população que buscavam auxílio com os parlamentares, já o deputado Neto Evangelista (PSDB) que recebe mais de R$ 20 mil por mês só de salário de forma cínica disse que chega a faltar dinheiro no final do mês.

Vale ressaltar que mesmo com a redução, os parlamentares ainda mantém uma situação bem diferente da maioria dos trabalhadores maranhenses que não conseguem que o salário chegue ao fim do mês. É inadmissível que em um estado tão empobrecido como o Maranhão, onde milhares de famílias sobrevivem de bolsa família e o funcionalismo público estadual sofre com salários achatados, que se mantenham privilégios deste tipo.

O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, vem a público repudiar mais este absurdo e exige que os parlamentares devolvam aos cofres públicos todo o dinheiro recebido ilegalmente. Defendemos que os parlamentares têm de receber salários iguais ao de um trabalhador especializado.

É preciso manter a pressão sobre os deputados para eliminar com todos os privilégios dos parlamentares. Para isso é fundamental ir às ruas expressar toda esta revolta.

Não aos privilégios dos deputados!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

PSTU/MA realiza lançamento da Secretaria de Mulheres


Na última sexta-feira, dia 9 de abril, ocorreu o lançamento da Secretaria de Mulheres do PSTU Maranhão. Com a presença de trabalhadores, trabalhadoras e estudantes, o lançamento apresentou a Secretaria de mulheres como uma alternativa classista para organização das mulheres trabalhadoras.

Lourdimar Silva, militante do PSTU, apresentou a atividade explicando que este lançamento acontece num momento especial da conjuntura do país e mundial e que nossa luta pelos direitos das mulheres é também uma luta contra o capitalismo. Em seguida, houve uma fala da militante Claudicea Durans, que participou recentemente, como delegada, do V Encontro de Mulheres do PSTU e nos trouxe um resumo das discussões e deliberações do encontro. Enfatizou que a luta contra a opressão e exploração da mulher deve ser encarada, por homens e mulheres, como uma atividade diária e deve ser uma de nossas principais batalhas nos sindicatos e no movimento. Claudicea levantou também a necessidade do recorte racial como parte da luta contra o machismo, considerando que as mulheres mais atingidas pela opressão e exploração são as mulheres negras.

A atividade seguiu com uma breve saudação por parte de todos e todas que lá estavam presentes e logo após tivemos música e lanche para confraternizar o momento.

Devemos enxergar o lançamento da Secretaria de Mulheres como um importantíssimo passo na luta pela organização das mulheres trabalhadoras. Queremos construir uma forte organização onde as mulheres possam atuar em conjunto com os trabalhadores e a juventude na luta contra toda forma de opressão e violência às mulheres, combinando estas lutas mais especificas com a luta pela instauração do socialismo em todo o mundo, pois não há saída para as mulheres dentro do sistema capitalista.

Devemos enxergar no lançamento da Secretaria de Mulheres um importantíssimo passo na luta pela organização das mulheres trabalhadoras. Queremos construir uma forte organização de mulheres que possam atuar em conjunto com os trabalhadores e a juventude na luta contra toda forma de opressão e violência às mulheres, combinando estas lutas mais especificas com a luta pela instauração do socialismo em todo o mundo, pois não há saída para as mulheres dentro do sistema capitalista.