terça-feira, 29 de maio de 2012

Unir trabalhadores e estudantes contra os ataques do governo e do patrão




                                                                    Juventude do PSTU Maranhão


Nos últimos anos vimos constantes ataques do governo aos trabalhadores do Brasil. Nesse ano, houve corte de 55 bilhões do orçamento para áreas sociais, impactando diretamente saúde, transporte, educação, entre outras. Aprovação da Lei 12.550/2011 e criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) levará a privatização dos hospitais universitários, precarizando a situação dos profissionais dessas instituições e da função escola desses hospitais. Outro ataque foi a aprovação do projeto de Lei 1.992/2007 e criação da Fundação da Previdência Complementar do Servidor Público Federal (FUNPRESP), que tem como consequência a privatização da previdência publica federal.
Nessa conjuntura, observa-se reações dos trabalhadores em âmbito nacional e estadual, que concretiza-se nesse momento nas greves dos professores das instituições federais e do setor dos transportes, como é o caso dos rodoviários de São Luís.

Unir todos em defesa da educação pública! Lutar contra os ataques de Dilma!

Os professores da UFMA deflagraram greve no dia 20 de maio, reivindicando melhorias salariais e um plano de carreira, além de limites de alunos por turma, regularização da carga horária, melhorias na estrutura física para os cursos, entre outras reivindicações. Isso se dá em resposta à precarização existente do ensino público superior tomado a cabo pelo governo federal que desvaloriza o professor, sucateia e privatiza o ensino através de programas federais como o REUNI e PROUNI – que drena dinheiro público para o ensino privado numa clara afirmativa que o governo quer curvar a educação pública às leis do mercado (reforçar sua submissão ao Banco Mundial e FMI), além dos cortes de 3,1 bilhões da educação e congelamento dos salários dos professores o que demonstra que a educação continua não sendo prioridade do governo petista de Dilma.

Todo apoio à luta dos rodoviários!

Os rodoviários de São Luis realizaram paralisação de metade da frota desde o dia 16, com parada geral a partir do dia 21 de maio sem previsão de retorno, trazendo como bandeira de luta o reajuste salarial de 16%, o aumento de ticket alimentação e a ampliação dos planos de saúde e odontológico. Essa paralisação demonstra a insatisfação da categoria com as precárias condições de trabalho, onde precisam trabalhar em ônibus precários e superlotados, com ruas esburacadas e engarrafamentos quilométricos, recebendo salários baixíssimos e com jornadas de trabalho extenuantes, enquanto que as empresas de transporte lucram milhões.
Os jovens tem a possibilidade de exercer um papel fundamental nesses movimentos grevistas, se inspirando na juventude tunisiana, egípcia e europeia que saiu às ruas junto com os trabalhadores para derrubar ditaduras e lutar contra os planos de austeridade. Devemos fortalecer essa greve junto com motoristas e cobradores para garantir melhorias nas condições do sistema de transporte público.

Lutar lado a lado com os trabalhadores!

Nós da juventude do PSTU prestamos total apoio à mobilização dos trabalhadores em prol de melhorias na condição de vida visando à construção de uma sociedade socialista que possibilite uma vida digna, sem exploração e sem opressão. Lutamos contra o desmonte do ensino público, contra a privatização da educação pública, pela valorização do professor, por uma universidade pública com ensino de qualidade. 

Por um transporte coletivo público e de qualidade, passe-livre para estudantes e trabalhadores desempregados! Todo apoio a greve dos professores das Instituições Federais! Todo apoio a greve dos professores da UFMA! Todo apoio a greve dos rodoviários de São Luis!



Confira declaração nacional da Juventude do PSTU sobre a greve das universidades públicas federais





domingo, 27 de maio de 2012

Militancia do PSTU na marcha das vadias em São Luís

Materia no JMTV (TV Mirante-Globo) sobre a realização das marcha das vadias com uma fala de Rielda explicando o significado da atividade. Nossos militantes e as bandeiras da CSP Conlutas e da ANEL.


Fonte: G1/Maranhão

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Nota do PSTU Maranhão sobre a situação do Transporte Público na cidade de São Luís


Nas últimas semanas, a população de São Luís vem assistindo a uma crise do transporte público: paralisação do sistema de bilhetagem eletrônica, desrespeito ao direito à meia passagem dos estudantes, a falência declarada pelo Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e greve da categoria dos rodoviários. Essa crise reflete a ineficiência de um modelo de gestão dos transportes coletivos não só em São Luís, mas em todo o Brasil, que adota uma lógica privatista e excludente à juventude e aos trabalhadores que necessitam deslocar-se aos seus postos de trabalho.
E quem tem pagado o preço dessa crise são os estudantes e trabalhadores maranhenses. Com a paralisação do sistema de bilhetagem eletrônica, que durou quase um mês, os estudantes foram obrigados a pagar a passagem inteira, ainda que apresentassem o cartão de transporte. Do mesmo modo, os trabalhadores que usam o transporte público e possuem o cartão eletrônico disponibilizado pelas empresas, tiveram que tirar do bolso a passagem de todos esses dias de pane do sistema, comprometendo um salário já reduzido.
Diante da insatisfação dos estudantes, a solução apresentada pela prefeitura foi um retrocesso: disponibilizar passe escolar, em quantidade diária fixada pelo SET (Sindicato da Empresas de Transporte). Uma verdadeira afronta ao direito à meia-passagem conseguido com muita luta na década de 70. Manifestações dos estudantes e trabalhadores em toda a cidade retomaram a ”normalidade” do transporte público em São Luís. Essa “normalidade” diariamente apresenta ônibus superlotados, frota insuficiente, a falta de planejamento da malha urbana e os constantes “engarrafamentos” nos horários de pico das principais avenidas da cidade.
Quando a poeira parecia estar baixando a categoria dos rodoviários novamente entram em greve. A pauta de reivindicações inclui reajuste salarial de 16%, aumento do valor do ticket alimentação, inclusão de mais um dependente no plano de saúde, melhores condições de trabalho e redução da carga horária. Durante toda a semana passada apenas 50% da frota de ônibus estava circulando e uma dura batalha entre os trabalhadores rodoviários, o SET e a Prefeitura começou a ser travada. Nem o ajuste de 7% concedido pela justiça, nem as multas diárias pelo descumprimento da decisão de que os ônibus voltasse a rodar,  muito menos a decretação da ilegalidade da greve, impediram a paralisação total dos rodoviários, que já dura três dias.
O transporte público em nossa cidade enfrenta uma de suas piores crises e não consegue encontrar soluções para os constantes problemas que aparecem. Em várias capitais, o modelo de gestão dos transportes coletivos evidencia falta de compromisso com a população que vê seu direito à mobilidade urbana restringido por monopólios empresariais concedidos pelas administrações locais. Como resposta os trabalhadores e a juventude saíram às ruas para impedir os aumentos de tarifa, como ocorreu em Teresina e Recife.   
Se por um lado a categoria reivindica melhores condições de trabalho e salário, o SET declara a impossibilidade de conceder qualquer aumento, sem o aumento da passagem, pois já passa por um iminente processo de falência. A prefeitura de São Luís, que sob a administração de João Castelo (PSDB), tem se preocupado somente em garantir os lucros dos empresários, parece assistir a tudo passivamente ou, na verdade, está temendo um ascenso generalizado da população contra o aumento de passagem, que pode exterminar os sonhos de João Castelo à reeleição.
 O PSTU apoia a greve dos rodoviários e reconhece como legítima a greve da categoria, por isso exige que suas reivindicações sejam atendidas sem o aumento de passagens.  A crise do transporte em nosso estado é resultado do monopólio das empresas de transporte e do descaso da prefeitura em garantir o direito básico de ir e vir da população trabalhadora, portanto, que eles paguem pela crise!
A Juventude e os trabalhadores não aceitarão um novo aumento de passagens! E se a Prefeitura continuar inerte e não pressionar as empresas a reduzir seus lucros para atender a pauta da categoria e não prejudicar a população que efetivamente precisa do serviço, João Castelo ficará marcado na história como um governo de enfrentamento com os estudantes e trabalhadores na luta por seus direitos.
A população já demonstrou sua disposição de ir às ruas, a exemplo dos recentes atos pela restituição do sistema de bilhetagem eletrônica e o PSTU esteve nessas lutas e também irá as ruas para lutar contra o aumento das passagens e em defesa do transporte público, gratuito e de qualidade, disputando a consciência dos trabalhadores para um novo modelo de transporte coletivo para a cidade, que seja verdadeiramente público e estatal, com respeito aos direitos dos trabalhadores, com a ampliação dos serviços para a população, sem a submissão dos interesses da população trabalhadora aos lucros das empresas privadas que atualmente detém o monopólio do transporte urbano.

-Todo apoio à greve dos rodoviários!
- Não ao aumento de passagem!
- Pela criação da Empresa Municipal de Transporte Público!
- Passe-livre para a juventude e trabalhadores desempregados!

Confira também:

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Contra as injustiças sociais, tome partido!


Conheça o PSTU, um partido de mulheres, homens e jovens que lutam por um mundo sem injustiças sociais, um mundo socialista

 
PSTU, o partido das lutas e do socialismo

As cenas da brutal desocupação do Pinheirinho em São José dos Campos (SP) no início deste ano expôs de forma dramática algo que a imprensa e o governo tentam não mostrar: o Brasil continua sendo o país das injustiças. Apenas uma minoria goza dos privilégios da sexta economia do mundo. 

Este continua sendo o país em que o crescimento econômico beneficia apenas as grandes empresas, enquanto os trabalhadores continuam amargando baixos salários. Em que quase metade do Orçamento vai para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública aos agiotas internacionais, enquanto a Saúde e a Educação continuam à míngua. Em que a especulação imobiliária aprofunda o déficit habitacional. Em que os juros exorbitantes dos bancos corroem os salários dos trabalhadores e da classe média.

O governo Dilma, apesar do amplo apoio e das expectativas de grande parte dos trabalhadores, segue priorizando os interesses dos grandes bancos e empresas. Assim como os governos anteriores, Dilma não governa para os trabalhadores. As greves dos operários na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, as mobilizações dos trabalhadores em educação em todo o país e tantas outras lutas mostram porém que, se a injustiça social permanece hoje mais do que nunca, por outro lado os trabalhadores lutam e resistem. 

O PSTU presta seu apoio incondicional a essas lutas e, mais do que isso, está no dia-a-dia dessas mobilizações. Nas greves operárias, manifestações do movimento popular e estudantil, estão as bandeiras vermelhas do partido. Isso porque acreditamos que só a luta muda a vida. No entanto, por mais importantes que sejam, essas lutas precisam de um sentido estratégico, para que não se percam pelo caminho e para que suas conquistas não sejam temporárias.

Só o socialismo pode acabar com as injustiças sociais

Uma greve pode conquistar reajuste salarial, mas logo depois ele é 'comido' pela inflação. Uma mobilização estudantil pode arrancar medidas como abertura de vagas em uma universidade, mas isso não impede que posteriormente o governo corte recursos da Educação e sucateie essa universidade. Enquanto alguns conquistam moradias, outros tantos são expulsos de suas casas pela especulação imobiliária.

As injustiças sociais fazem parte do capitalismo. Não é possível um ‘capitalismo humanizado’, sem pobreza, miséria ou desigualdade em um sistema em que as grandes empresas privadas dominam. Em que a lógica da busca desenfreada por lucros se sobreponha aos mais elementares direitos do ser humano, como o direito à moradia, ao emprego e a uma vida digna. 

A única forma de acabar de vez com as injustiças é superando esse sistema, extinguindo a exploração do homem pelo homem, e colocando a produção e as riquezas que nós mesmos realizamos em prol das necessidades da maioria da população. É para isso que existe o PSTU. Um partido formado por mulheres, homens e jovens, comprometidos com a luta pelo socialismo, por um mundo mais justo e igualitário. Um mundo sem injustiças sociais.

Conheça mais sobre o PSTU, sua história, propostas e organização. Tome partido!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cabo Roberto Campos, um preso político da oligarquia Sarney!

A prisão do Cabo Roberto Campos Filho, do 8º batalhão da Policia Militar do Maranhão, ocorrida na última terça feira sob acusação de incitar policiais militares da tropa de choque a não trabalharem no dia de folga, é simplesmente absurda!
Na verdade, por trás das grades do Comando Geral da Polícia Militar se encontra um homem negro que esteve à frente de uma das mais importantes greves já realizadas no estado do Maranhão contra o grupo Sarney. Em nosso entendimento, o Cabo Roberto Campos é um preso politico do governo Roseana (PMDB-PT) que tenta puni-lo por ter liderado, junto a outros colegas, uma greve que extrapolou os batalhões da PM e envolveu, na sua dinâmica, diversas organizações políticas e movimentos sociais.
As reivindicações da categoria se transformaram num tsunami popular, possibilitando que milhares de policiais reencontrassem o seu Ser de homus proletário, aproximando-os dos movimentos populares e deixando a oligarquia decadente sem seu escudo de aço. Foi o conteúdo politico da greve, e não a “insegurança” da população, que fez a realeza de sangue azul dobrar seus joelhos perante a plebe de farda azul conduzida por um homem negro.
A presença dos quilombolas no acampamento que os grevistas realizavam no parlamento estadual e a carta aberta publicada pela Associação dos Servidores Públicos Militares do Maranhão (ASSEPMMA) pedindo desculpas aos quilombolas, índios e sem-terra pelos crimes históricos cometidos pela PM do Maranhão, obrigou a oligarquia a entregar os “anéis”, temendo que os balaios arrancassem seus “dedos”. Eis por que resolveram negociar.
Do Maranhão, as greves das PM’s e dos bombeiros expandiram-se por diversos estados brasileiros, e o que é mais importante, levando setores da própria PM a exigir à imediata desmilitarização das policiais e o direito à sindicalização.  É verdade que a polícia, enquanto instituição, jamais deixará de ser a “mão de ferro” do Estado pesando sobre a cabeça dos trabalhadores, mas também é verdade que quando um policial veste sua consciência com o manto da classe trabalhadora, é o Estado opressor e seus parasitas que se veem em apuros. Ficar do lado da classe trabalhadora ou agir como trabalhador consciente de seu pertencimento de classe passa a ser um crime político na perspectiva de quem domina.
Aqueles que confinaram o Cabo Roberto Campos são os mesmos que abriram as grades para os assassinos do artista Gerô ou que tentam de qualquer forma apagar a trilha de sangue que possivelmente levaria aos autores e mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá, que, infelizmente e tragicamente, era ligado ao grupo que ora silencia sobre sua morte.
Não temos dúvida de que o cabo Roberto Campos Filho é um preso político de um governo que pune trabalhador, criminaliza as lutas sociais e serve de guarita a jagunços e policiais assassinos.
Conclamamos os movimentos sociais e os partidos de esquerda a realizar uma grande campanha contra a criminalização das lutas e dos lutadores !

obs: Por determinação da justiça, o cabo Campos, do 8º Batalhão da Polícia Militar do Maranhão, foi solto por volta de 12:30 desta quarta (16).



PELA DESMILITARIZAÇÃO DA POLÍCIA!
CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DAS LUTAS E DOS LUTADORES!
PELO DIREITO A SINDICALIZAÇÃO DOS POLICIAIS!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Liberdade imediata para Cabo Campos


O cabo Campos, um dos líderes do movimento grevista da Polícia e dos Bombeiros foi detido no Comando Geral da Polícia Militar no Calhau. O cabo foi preso por “quebra de hierarquia” quando reivindicava respeito ao direito a folga dos policiais militares.

Nesta terça feira, devido a greve dos rodoviários, a Secretaria de Segurança Pública convocou policiais em folga para compor uma força tarefa para coibir manifestações. Campos teria questionado a ação da Secretaria e incentivado os policiais a não participarem.

Expressamos nossa solidariedade ao companheiro Campos, que foi preso por reivindicar respeito aos da sua categoria. Esta é uma atitude autoritária do Comando Geral da Polícia Militar no sentido de intimidar o movimento dos militares no Maranhão que realizaram uma importante greve no ano passado que colocou em cheque o Governo e o sistema de Segurança Pública do Estado.

É preciso por fim a repressão e as perseguições e exigir do governo Roseana Sarney (PMDB/PT) a libertação imediata de Campos. Exigimos ainda que o Governo cumpra integralmente com o acordo feitos com os policiais e bombeiros durante o movimento grevista no ano passado.

Liberdade imediata ao Cabo Campos!
Lutar não é crime!
Pelo direito à organização e sindicalização dos policiais e bombeiros!

Nesta quinta-feira (17) tem Pstu na TV


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Convite: Lançamento do livro de Valério Arcary*

Lançamento do livro - Um reformismo quase sem reformas - Uma critica marxista do governo Lula em defesa da revolução brasileira.


O livro de Valério Arcary possui dez ensaios que foram escritos em diferentes momentos e oportunidades ao longo dos dois governos de Lula. Remetem, apesar de explorarem ângulos distintos, a um tema comum: uma análise crítica do significado do governo Lula desde um ponto de vista revolucionário e internacionalista, ou seja, marxista. O fio condutor de todos os artigos é a compreensão do governo Lula como um governo de conciliação de classes, a serviço do grande capital nacional e internacional. Ao abordar diferentes aspectos da vida econômica, política e social do país ao longo dos últimos oito anos, Arcary demonstra como as pequenas modificações reformistas introduzidas por Lula tiveram, na verdade, como único objetivo a manutenção da propriedade privada e da ordem capitalista.

Dia 17/05 (quinta-feira), as 18:30h no Auditório B do Centro de Ciências Humanas,  Campus do Bacanga/UFMA




* Valério Arcary é um historiador marxista e dirigente do PSTU. Graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutor em História Social pela Universidade de São Paulo. Ex-líder estudantil durante a Revolução Portuguesa, voltando ao Brasil tornou-se dirigente do Partido dos Trabalhadores, fundador do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado e intelectual marxista.



Entrevista: Marcos Silva, pré-candidato a prefeito de São Luis pelo PSTU

Entrevista concedida aos jornalistas, Agenor Barbosa e Henrique Bóis, do Jornal o Imparcial.Publicada na página 2 da edição desta segunda-feira, 14 de maio.


domingo, 13 de maio de 2012

A saúde do Maranhão na UTI


Nelson Júnior 
Juventude do PSTU Maranhão


O Brasil chegou esse ano ao sexto maior PIB do mundo (4,1 trilhões em 2011), mas possui em seu âmago uma estrutura de baixíssimos índices sociais (84º IDH). O estado do Maranhão tem um dos piores índices sociais do país, sendo a saúde é um excelente exemplo de índice social que revela essa precariedade.

Hospitais sucateados e superlotados, profissionais trabalhando sem estrutura e com salários atrasados, pacientes esperando horas para ser atendidos, falta de remédios, instrumentos e materiais básicos. Essa é a realidade da saúde no estado do Maranhão. 

O governo do estado de Roseana Sarney (PMDB//PT), na sua campanha eleitoral, desenvolveu o Programa Saúde e Vida que tem por objetivo a construção de 72 hospitais com abertura de 1.944 leitos. Contudo, dois anos se passaram e apenas 10 hospitais foram terminados (13,9% do total). Enquanto isso as cidades do interior do estado continuam mandando seu contingente de doentes para a capital, devido à incapacidade de atendimento local ou regional, pondo em risco a vida do paciente e sobrecarregando os hospitais da capital.

Na capital São Luis, a situação não é muito melhor. Os hospitais de urgência e emergência Socorrão 1 e 2 tem uma estrutura deficitária, a falta de remédios e materiais básicos, como gases, linhas de sutura e soro fisiológico, é diária. Os leitos estão todos ocupados e os pacientes têm que ficar em macas improvisadas nos corredores. Sendo visível a necessidade da abertura de um novo hospital de urgência e emergência.

Outra ação do estado foi à transferência do hospital do servidor do Hospital Carlos Macieira, no bairro do Calhau em São Luis, para o Hospital São Luis, na Cidade Operaria. Essa decisão tomada pelo Conselho Superior do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (Consup), sem a consulta dos servidores públicos, é mais um ataque aos servidores, onde o novo hospital funcionará como uma terceirização do Estado. A localização de difícil acesso e a não disponibilização de todos os especialistas para seu funcionamento são as maiores dificuldades encontradas pelos servidores, que já começam a se mobilizar cobrando o retorno ao antigo prédio.

Essa situação é reflexo do desleixo do governo para com a saúde pública. Com investimento insuficiente para seu funcionamento, de apenas 3% do PIB divididos pelo município, estado e federação, valor muito abaixo dos 6% pregados pela OMS para um sistema de saúde publica e universalizado como o SUS. Enquanto isso se utiliza 49% do PIB, algo em torno de dois trilhões, para pagamento dos juros e montantes da “divida” para os banqueiros, sendo que parte desse dinheiro foi obtido pela diminuição de verbas para as áreas sociais, entre elas cinco bilhões da saúde. No Maranhão, os deputados recebem 18 salários anuais (algo absurdo) dinheiro esse que podia ser investido na saúde.

Além da falta de investimento, o governo não desenvolve leis que auxiliem a melhoria do sistema de saúde, pelo contrario, cria mecanismos que cada vez mais precarizam sua estrutura, como é o caso da Lei nº. 12.550, que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH). Essa empresa de capital misto iria ser a responsável pela gestão dos hospitais universitários, sendo uma abertura para a privatização dos hospitais. Hoje, esses hospitais são estratégicos na estrutura do sistema de saúde, pois oferecem um serviço de alta complexidade, com alguns dos melhores profissionais do país, para os usuários do SUS. No Maranhão, os hospitais Presidente Dutra e Materno são referência em processos de alta complexidade como: troca de válvulas cardíacas e revascularização; serviços de diálise; atendimento a gravidez de alto risco; entre outros serviços. Sendo esses hospitais, também, usados no ensino dos alunos da área de saúde da universidade federal, algo que será prejudicada significativamente com a implantação dessa empresa, devido à impossibilidade da aplicação da tríade ensino, pesquisa e extensão em uma instituição que funcione sobre a lógica de mercado, com criação de metas para os profissionais e privatização de serviços.

Contudo, torna-se necessário que o trabalhador comece a exigir melhorias para o nosso sistema de saúde. Cobrando o fim do pagamento da divida e o investimento desse dinheiro para as áreas sociais entre elas a saúde. Cobrando a anulação da lei nº. 12.550 e criação da EBSERH. Cobrando uma maior abertura do controle do SUS pela população e uma maior fiscalização dos investimentos feitos. 

Por um SUS 100% estatal!
Pelo investimento de 6% do PIB pra Saúde Pública!
Em Defesa dos HU’s e contra a implementação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)!
Pela conclusão e entrega imediata dos 72 hospitais!
Contra a mudança do Hospital do Ipem para o Hospital do Servidor!

terça-feira, 8 de maio de 2012

PSTU lança pré-candidatura de Marcos Silva para prefeito de São Luís



São Luís terá candidatura de esquerda classista e socialista. A professora e advogada Kátia Ribeiro será a vice.



O PSTU lança oficialmente o nome do trabalhador urbanitário, Marcos Silva, como alternativa para a prefeitura de São Luís. A decisão pelo lançamento da pré-candidatura foi tomada em conferência do Partido realizada na semana passada. A advogada e professora Kátia Ribeiro será sua companheira de chapa.


Marcos Silva é servidor público concursado da CAEMA desde 2006, ativista politico com uma trajetória no movimento sindical ajudando a construir diversas greves de categorias e gerais na década de 80 e 90 contra as privatizações e liquidações dos Governos Roseana/FHC, além de participar firmemente das lutas sociais e populares. 


Kátia é uma das principais lideranças do movimento de professores do Maranhão. Foi uma das construtoras do movimento de oposição dos sindical (MOSEP) na década de 1990 e posteriormente do MRP-Movimento de Resistência dos Professores, atuando  ativamente em defesa de educação pública de qualidade.



Viver em São Luís nos seus 400 anos não tem sido fácil: Transporte coletivo caro e sem conforto, escolas caindo e professores desvalorizados, falta de saneamento básico para a maioria da população e postos de saúde sem funcionar. Poucos são aqueles que tem motivos para comemorar.

É preciso construir uma alternativa de esquerda para São Luís, em que os trabalhadores e a juventude possam confiar para enfrentar as candidaturas dos empresários de transporte e dos grandes especuladores imobiliários, os grandes responsáveis pelo caos instalado na capital.

O PSTU vai defender nas eleições um programa socialista que aponte aos trabalhadores o caminho das lutas e das mobilizações para arrancar as reivindicações de melhores condições de saúde, educação, transporte coletivo e saneamento básico.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Um chamado a unidade, um combate à direita e por uma chapa democrática e independente


Juventude do PSTU Maranhão

Dada a largada para o processo eleitoral do DCE da UFMA muito precisa-se analisar e compreender como a história pode demonstrar os erros e acertos do movimento estudantil nacional e local.

Mediante ao acontecimento de um CEB que já se apresentava com todas as suas cartas marcadas para o processo de formação da comissão eleitoral foi fundamental ter uma política concreta para construir um processo eleitoral o mais amplo e democrático possível, onde a comissão formada pudesse expressar minimamente a pluralidade dos setores atuantes dentro da Ufma. E com muita dificuldade este processo está sendo conduzido e a direita começa a emperrar de diversas formas a atuação de companheiros da esquerda do movimento estudantil que estão nos representando nessa comissão.

O Dia 30/05 e as eleições contra a direita e contra o governismo

Desde o ano de 2008 temos a frente do DCE da Ufma o governismo (PCdoB) que apoiou de maneira integral e global as políticas educacionais do governo do Lula e agora do governo Dilma. O reflexo dessas políticas estão hoje representada em vários pontos visíveis dentro da Universidade Federal do Maranhão.

O apoio intransigente das gestões “Somos quem podemos ser” e da “Unidade vai nascer a novidade” ao governo e à reitoria revela o total abandono da luta dos estudantes e o compromisso com um projeto de universidade que não atende à demanda da universidade brasileira e nem muito menos dos filhos dos trabalhadores maranhenses. A universidade que expandiu-se pelo Maranhão conta hoje com cursos extremamente precarizados e de formação rápida. Essa política pensada pelo Banco Mundial e FMI afeta as instituições públicas em toda a América Latina.

O programa Reuni veio imbuído das mais “boas intenções” como expandir o ensino superior público brasileiro. Infelizmente todo mundo está cheio de boas intenções, entretanto essas intenções refletem hoje, após 5 anos de implementação do Reuni nas universidades que de boas não tinham nada. O apoio intransigente da UNE/UJS no processo de precarização da universidade é perceptível no aumento substancial da fila do Restaurante Universitário, na falta de infra-estrutura que comporte a demanda de estudantes, o péssimo planejamento e localização dos cursos (processo vivenciado recentemente pelos estudantes de Ciências Sociais), as obras intermináveis no Campus do Bacanga (em especial o Centro Pedagógico Paulo Freire que foi inaugurando às pressas e sem nenhuma condição mínima de funcionamento) e demais campi, como é o caso de Chapadinha.

Recentemente tivemos a entrada de Gustavo Santos no PMDB que logo passou para  os cargos e secretarias da oligarquia Sarney. Essa fato é um marco na história do movimento estudantil no Maranhão: o Diretório Central de Estudantes da UFMA estava agora representado pela piores práticas na política nacional, a oligarquia Sarney e todo o seu aparato de pistolagem que ao longo de 40 anos expressa no maior coronel da política brasileira.

Mediante a esse cenário os estudantes da UFMA precisam demonstrar seu poder na organização de uma grande chapa unitária que reflita as demandas dos estudantes e transformação da Universidade Federal do Maranhão.

Uma unidade construída nas lutas!

Para nós da Juventude do PSTU, 2011 não foi um ano qualquer! 2011 foi o ano em que vimos revoluções acontecerem no mundo Árabe. Milhares de trabalhadores e jovens foram as ruas exigir a queda de ditaduras históricas e a mudança no regime que permeava o país de pobreza e miséria. O que até então estava escrito na história poderia ser visto pelos diversos meios de comunicação.

A juventude voltou a ocupar seu lugar na história. Na Espanha, Portugal, Egito, Tunísia, Grécia...muito são os exemplos no “Velho Continente” onde percebemos que as condições de vida estão cada vez mais difíceis e os planos de austeridade dos governos europeus caem sobre as costas dos trabalhadores e da juventude europeia.

Nesse mesmo ano, lutas importantes aconteceram em algumas universidades brasileiras devido a precarização no ensino e a falta de assistência estudantil. Dentre as lutas importantes estão as que aconteceram na UEM, UFRJ, UFPR, UFF, UFSC, dentre outras.

É nesse cenário de acontecimentos internacionais e nacionais que a juventude que não se vendeu aos governos e nem à reitoria começou a tocar e organizar lutas importantes na UFMA. Essas lutas foram tocadas por nós do PSTU, pelos companheiros do PSOL e estudantes independentes que constroem o movimento. O marasmo de 5 anos promovido pela direção do DCE da UFMA (PCdoB e recentemente o PMDB) estava sendo sacudido e tomado um outro rumo. Lutas que expressavam concepções muito maiores que a universidade apresenta, como foi o caso do 15 de Outubro (15-O) realizada pela juventude em todo o mundo.

Essa unidade representou e continua representando um avanço importante no processo de reorganização do movimento estudantil. Isso causa incômodo aos olhos do governo, da reitoria de Natalino Salgado, da oligarquia Sarney e demais setores que impedem o avanço das lutas do movimento estudantil independente. A mais recente luta contra o processo de precarização do sistema de transporte de São Luís foi a maior expressão de uma unidade que não nasceu do oportunismo de nenhum setor que constrói as lutas em disputar apenas um aparato burocrático e sim nas lutas cotidianas em defesa dos direitos estudantis na universidade.

Esse é o incômodo que perpassa os marcos da esfera estudantil e toma proporções políticas do ultra-esquerdismo tanto silenciada como ausentes nas lutas tocadas por todo o ano de 2011.

É nesse cenário que começamos construindo desde 2011 que nós do PSTU queremos reforçar o chamado a unidade com todos os lutadores da UFMA, partidários ou não para a construção de uma chapa para as eleições do DCE. Reforçamos esse chamado, pois será a expressão concreta do que foi nossas atividades nesse último ano.

Uma unidade que não se encerra em um cargo de “coordenação geral”. Nós temos a concepção e reivindicamos que as discussões dentro da diretoria do DCE seja feita de forma horizontal e não as práticas stalinistas que vivenciamos durante todos esses anos, onde quem bate o martelo é quem está a frente da entidade. A democracia dentro do DCE apenas é mais um espaço para que essa unidade seja reafirmada com os setores combativos da UFMA.

A postura da ultra e o exemplo das eleições para o DCE da USP

Recentemente tivemos uma vitória do movimento estudantil nacional com a retomada do DCE Livre da USP pela esquerda. Essa não é uma vitória menor! Ela se expressou mediante aos ataques da direita, do Reitor Rodas e de Geraldo Alckimim (PSDB) governador do estado de São Paulo. 

Dos dias 27 a 29 de março mais de 13 mil jovens foram as urnas na USP para combater a repressão aos que lutam, como também aos movimentos de ocupação urbana que ocorre no estado de São Paulo, no emblemático caso dos moradores de Pinheirinho e o massacre promovido pelo PSDB. Entre vencedores e vencidos também podemos tirar uma grande lição!

A vitória da chapa “Não vou me adaptar!” com integrantes do PSTU, MES e CSOL (Correntes do PSOL) e independentes trás uma lição muito importante sobre as posturas sectárias da ultra-esquerda dita “revolucionária” e “anti-capitalista”. A chapa vitoriosa teve cerca de 53% dos votos e setores ultra-esquerdistas e anarquistas tiveram apenas 4%.

O exemplo que aconteceu na USP é bem categórico e relembra outros processos eleitorais dentro da UFMA onde grupos sectários sem muito interesse pelas pautas estudantis se posturam de forma parasitária e bate de frente com militantes que defendem a universidade. Sua política se volta agora a “puxar” boicote as eleições o que categoricamente afirmam que só iria favorecer a direita e à reitoria ou tentar “abocanhar” parte das lutas tocadas por diversos estudantes ao longo desses anos. E paramos para refletir. Quem realmente será o oportunista nesse processo? Os que lutam pela causa dos estudantes no seu cotidiano independente de período eleitoral? Ou será os que fazem diversas exigências para se incluírem nesse processo?

A exemplo do que aconteceu na USP hoje a “ala” anarquista insiste em atacar os companheiros do PSOL e do PSTU sobre uma unidade abstrata e eleitoreira exigindo que nós possamos colocar as cartas na mesa. Companheiros, as cartas já estão na mesa e nesse jogo esperamos que os estudantes saiam ganhando.

A história já nos mostrou e voltamos a reinteirar que a política débil de atacar os estudantes que estão nas lutas cotidianas só tem mostrado o avanço da direita dentro das universidades. 
Assim, fazemos um chamado a todos os estudantes que queiram lutar contra a precarização da universidade, dizer fora a oligarquia Sarney e as políticas de Natalino Salgado que somem suas demandas em uma chapa que expresse a cara do estudante.

Nós queremos que o DCE seja livre, autônomo, independente e que sirva para organizar as lutas dos estudantes.