segunda-feira, 30 de julho de 2012

PSTU faz caminhada pela feira da Cidade Operária


O Partido defende o programa de construção de moradias populares

Militância do PSTU na Feira da Cidade Operária
Neste domingo (29), a militância do PSTU esteve desde cedo na feira da Cidade Operária para mais uma atividade de campanha. A panfletagem contou com a participação do candidato a prefeito de São Luís, o urbanitário Marcos Silva e sua vice, a professora e advogada Kátia Ribeiro, além de vários candidatos a vereador pelo partido.

Localizado em um das regiões mais povoadas da capital, a Cidade Operária tem uma história importante na luta pela moradia. O conjunto habitacional construído na década de 1980 era para ter 15 mil unidades, entretanto só foram entregues a metade (7,5 mil) e a partir dele surgiram várias ocupações urbanas que deram origem a diversos bairros como Santa Clara, Santa Efigênia, Cidade Olímpica, Jardim Tropical, dentre outros.

“Defendemos um amplo programa de construção de moradias populares com a participação dos trabalhadores, expropriando os grandes terrenos ociosos e a regularização imediata das áreas de ocupação na cidade” declarou Marcos Silva. Segundo dados a maioria da população de São Luís não possui a propriedade legal de suas casas que moram a dezenas de anos.

Os feirantes e os moradores do bairro recebiam o material de campanha e durante todo o trajeto os candidatos do PSTU receberam declarações de apoio. “Fomos bem recebidos pelos comerciantes e comunidade que realizava as compras” afirmou a vice Kátia Ribeiro.


Caminhada pela Rua Grande marca dia de mobilização do PSTU em São Luís


Em todo o país, o PSTU foi às ruas nesta sexta feira em defesa do socialismo


Na última sexta-feira (27), os comerciários e a população que estavam passando pela Rua Grande, no centro de São Luís puderam presenciar as bandeiras vermelhas do PSTU. Diferente de outras passeatas que já haviam passado por ali, nenhum militante pago para segurar bandeiras ou distribuir panfletos. Outra diferença que as bandeiras do PSTU não são vistas só durante a eleição, mas nas lutas cotidianas dos trabalhadores.

Assim é a campanha do PSTU, trabalhadores e jovens que vão para as ruas por um ideal: a transformação radical da sociedade que elimine a exploração e a opressão. A frente da caminhada estavam os candidatos a prefeito e vice-prefeita de São Luís, o urbanitário Marcos Silva e a professora e advogada Kátia Ribeiro.

Em todas as falas os candidatos do PSTU destacaram a necessidade de uma São Luís para os trabalhadores. Chega de São Luís para os ricos, donos das grandes construtoras e políticos corruptos. “Somente com a criação dos Conselhos Populares será possível implantar uma administração democrática, transparente e voltada para os interesses dos mais explorados, humilhados e oprimidos desta cidade” afirmou Marcos Silva.

sábado, 28 de julho de 2012

Lançamento de Saulo Arcangeli do PSTU reune dezenas de ativistas


Ocorreu nesta sexta-feira (27), no auditório do Sindicato dos Bancários a plenária de lançamento da candidatura a vereador pelo PSTU, Saulo Arcangeli 16123. O evento contou com a participação de dezenas de ativistas de diversas categorias de trabalhadores da cidade, entre eles, servidores do Judiciário Federal, bancários, professores da universidade federal e das redes estadual e municipal de ensino, urbanitários e militantes dos movimentos sociais, todos destacando a importância de Saulo para as lutas.

Saulo, é dirigente licenciado do Sintrajufe e da CSP Conlutas Nacional e tem atuação destacada em todos os movimentos sociais da ilha de São Luís. “A diversidade de pessoas que estão presentes aqui no lançamento de Saulo demonstra a importância e o compromisso dele não só com sua categoria, mas com a luta da classe trabalhadora” destacou Rosenverck Estrela, do Comando de Greve dos Professores da UFMA.

Recebendo apoio do
 ex-vereador Joan Botelho
Um dos momentos mais emocionantes do lançamento foi o discurso do professor e ex-vereador de São Luís, Joan Botelho, que relembrou a trajetória de Saulo desde o movimento estudantil quando foi seu professor no Colégio Santa Tereza. Joan ressaltou que “Saulo tem todas as condições para ser nosso representante na Câmara Municipal de São Luís e fazer um mandato a serviço dos trabalhadores”

Ao final, a plenária cantou em coro uma palavra de ordem: É socialista, é lutador. Eu voto Saulo Vereador!” Agora é levar a campanha para as ruas, lado a lado com as todas as lutas que estão ocorrendo pela cidade por melhores condições de salário, trabalho, por moradia digna, este é o nosso compromisso” finalizou Saulo Arcangeli.

Tome partido! Filie-se ao PSTU


PSTU lança campanha nacional de filiação 

Durante a campanha eleitoral, nos meses de julho, agosto e setembro, a militância PSTU realizará, em todo o país, uma campanha de filiações

ANDRÉ FREIRE, DE SÃO PAULO (SP)
 
  Campanha nacional de filiação ocorre durante o período da campanha eleitoral

O objetivo desta campanha é filiar os principais ativistas que se aproximaram do nosso programa nas últimas greves e mobilizações. Queremos aproximar do nosso partido os trabalhadores e a juventude que estão lutando contra os patrões, o governo Dilma e os governos estaduais e prefeituras. Queremos filiar também todos os militantes, amigos e simpatizantes do partido.

O PSTU foi fundado em 1994, mas foi um ano depois, em 1995, que o nosso partido realizou a sua primeira campanha de filiação. Essa campanha tinha um objetivo de legalizar nosso partido, permitindo que ele se apresentasse de forma independente nas eleições.

A importância da legalização
A legalização foi um passo importante na sua construção. Sem deixar de priorizar a sua construção colada às lutas da classe trabalhadora e da juventude, a participação eleitoral do PSTU sempre foi muito importante para fazer chegar nosso programa a maioria dos trabalhadores e para construirmos nosso partido.

Foi assim, já em 1996, um ano após a sua legalização, que o PSTU se apresentou de forma independente nas eleições municipais daquele ano, enfrentando o governo tucano de FHC, com o lema marcante de: “Contra burguês, vote 16”. A frase ficou amplamente conhecida entre os trabalhadores e a juventude, e foi usada pelo partido nas eleições posteriores.

Em 1998, o PSTU apresentou pela primeira vez a candidatura do operário metalúrgico, José Maria de Almeida, o Zé Maria, a presidência da República, como uma alternativa de esquerda e socialista a reeleição e FHC e da candidatura de Lula, que naquele momento já defendia a conciliação com a burguesia para “governar para todos”. 

Novamente, em 2002, o partido lançou a candidatura de Zé Maria presidente. Naquele ano, Lula venceu as eleições, em aliança com José Alencar, grande empresário têxtil brasileiro. Nosso partido fez uma grande campanha política contra a adesão do Brasil a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), nossa campanha eleitoral foi um importante ponto de apoio ao plebiscito que conseguiu mais de 10 milhões de votos contra a Alca.

Nas eleições presidenciais de 2006, nosso partido realizou uma coligação com o PSOL, apoiando a candidatura de Heloisa Helena, sempre defendendo um programa classista e socialista, inclusive polemizando, durante a campanha com a maioria da direção nacional do PSOL, que já queria, naquele momento, rebaixar o programa da frente de esquerda.

Nas últimas eleições presidenciais, o PSTU apresentou novamente Zé Maria presidente para, de forma direta, dialogar com os trabalhadores sobre o balanço dos oito anos do governo Lula, que governou de acordo com os interesses dos grandes empresários e banqueiros.

Em todas estas participações eleitorais, seja com candidaturas próprias do partido ou em coligações com outros partidos da classe trabalhadora, o PSTU sempre apresentou um programa socialista, defendendo a independência política dos trabalhadores em relação à burguesia e seus governos, partidos e instituições. Nossas campanhas sempre apoiaram as lutas dos trabalhadores e da juventude, inclusive abrindo espaço nossos programas eleitorais de TV e rádio para apoiar às greves em curso.

Em 2012, filie-se ao PSTU
A campanha de filiações, agora com objetivo de fortalecer o partido e aproximá- lo, ainda mais, dos melhores ativistas das lutas que acontecem em nosso país, buscando filiar a maioria deles a nossa organização socialista e revolucionária.

Acreditamos que nosso partido será muito fortalecido se conseguimos obter um número representativo de novos filiados, pois serão companheiros e companheiras que estarão juntos conosco em nossas campanhas políticas e que nos ajudarão a defender nosso partido de ataques da burguesia, seus governos e instituições. Portanto, queremos estabelecer uma relação política permanente com os filiados ao partido, especialmente com estes novos filiados que vamos conquistar nesta campanha.

A filiação será somente um primeiro passo de aproximação destes ativistas com o nosso partido. Já durante os meses de realização da campanha de filiação, vamos convidar, permanentemente, nossos filiados para participar das atividades de nossa campanha eleitoral, dos Seminários Municipais de Programa, das palestras que vamos realizar nas sedes do partido e dos cursos de formação política. As atividades políticas abertas aos filiados não vão se restringir somente ao momento da campanha eleitoral. 

Vamos continuar desenvolvendo, de forma permanente, essa relação política, buscando integrá-los em nossos núcleos partidários. Mesmo com aqueles que não se propuserem ter uma relação mais orgânica com o partido, queremos discutir nossa política com eles, em atividades políticas especiais, convidando- os sempre para nos ajudar em nossas campanhas e atividades partidárias

Clique aqui: Folder Filiação 2012 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Dia 27 de Julho (sexta-feira) o PSTU vai às ruas


Marcos Silva e Kátia Ribeiro do PSTU farão caminhada pela Rua Grande nesta sexta (27).

Amanhã às 16 horas, os candidatos do PSTU irão realizar uma caminhada pela Rua Grande, principal rua do comércio popular da capital apresentando suas propostas para uma São Luís para os trabalhadores.

A concentração acontecerá na Praça João Lisboa a partir das 15h30 e contará com a presença do candidato a prefeito pelo PSTU, o urbanitário Marcos Silva e da professora Kátia Ribeiro, que concorre a vice-prefeita.

Em todo o país, o PSTU estará fazendo nesta sexta um dia de agitação com suas candidaturas sempre no mesmo horário: 16 horas. “O PSTU faz uma campanha eleitoral diferente dos demais partidos, sem financiamento de empresas e agiotas, sem cabo eleitoral pago para carregar bandeira” explica Kátia Ribeiro.

“Estamos apresentando à população que a saída para os problemas vividos nas cidades é a luta e a organização da classe independente dos patrões e dos governos. Por exemplo, na educação municipal defendemos um plano de valorização e democratização do ensino que contenha entre outros pontos a eleição dos diretores de escola pelos trabalhadores e estudantes.” afirmou Marcos Silva.

PSTU realiza Seminário de Programa em São Luís


Aconteceu neste sábado e domingo (21 e 22 de julho) o Seminário de Programa do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU): “Uma São Luís para os trabalhadores”. A atividade ocorreu na sede do Partido, no Monte Castelo, e contou com a presença de militantes e simpatizantes do PSTU.
Os temas debatidos foram educação, saúde e reforma urbana. A discussão contou  com a participação de importantes ativistas e intelectuais que apresentaram um diagnóstico da cidade e discutiram um programa que aponte uma alternativa para melhorar as condições de vida dos trabalhadores.

Educação
O primeiro tema debatido foi a Educação. A palestrante foi a professora Fátima Felix, pós doutora em Educação pela UNICAMP,  que apresentou o quadro caótico da educação municipal e discutiu a forma que o programa para a educação deve ser apresentado para os trabalhadores.
A candidata a vereadora pelo PSTU, Professora Dolores 16456, apresentou o programa de educação do partido e vários pontos de revindicação dos trabalhadores da educação e a necessidade de ruptura com a atual estrutura para garantir educação de qualidade para os filhos da classe trabalhadora.

Saúde
Na parte da tarde, o debate sobre Saúde foi feito pelo médico e militante José Ribamar Novaes e pelo estudante de Farmácia da UFMA, Nelson Machado. Foram tocados em temas como a questão do programa Saúde da Família e a precarização do trabalho no setor.
“A Saúde na cidade de São Luís, assim como em todo país, vem sofrendo um processo de privatização e precarização muito grande” afirmou Nelson. “A conseqüência é que os trabalhadores estão sendo privados de um atendimento médico de qualidade que auxilie na prevenção de doenças” complementou Novaes.

O direito à cidade
Já no domingo, a palestra com o advogado e militante Diogo Cabral entusiasmou os presentes com uma análise histórica do processo de ocupação do solo urbano da ilha: O êxodo rural, a construção dos conjuntos habitacionais, as ocupações urbanas nos últimos 20 anos e o boom imobiliário vivido atualmente.
Hoje, a região metropolitana de São Luís é dividida entre poucos e grandes grupos imobiliários nacionais e internacionais que travam uma luta mortal contra as comunidades tradicionais da ilha. “A luta contra os despejos deve ser destacada neste período eleitoral e não pode ser esquecida depois”, afirmou Diogo Cabral.

Novos debates virão
Finalizada esta etapa, os presentes discutiram a necessidade de debater outros temas como a mobilidade urbana, o tema das opressões, da violência urbana. “Um calendário de debates será feito durante toda a campanha eleitoral”, finalizou a candidata a vice-prefeita Katia Ribeiro.

sábado, 14 de julho de 2012

A ESTRUTURA FUNDIÁRIA DO MARANHÃO


                                                           Por Clemilson Totti, de São Luís



O Maranhão possui uma das estruturas fundiárias, ou seja, distribuição de terras e condições do trabalhador rural, mais desiguais do Brasil, onde a grande propriedade é característica marcante deste estado. Esta estrutura está estritamente ligada às políticas governamentais e as supras estruturas que compõem este estado, um envolvimento desde a oligárquica e seus partidos a instituições públicas que, contraditoriamente, acabam representando o latifúndio, o agronegócio. 
A lei de terras de Sarney de 1969 é o marco desse processo. Essa lei vendeu terras do estado para grandes projetos agropecuários, transferindo imensas extensões territoriais para grupos empresariais do nordeste, sul e sudeste. Causou, desta forma, a concentração da terra, viabilizou o agronegócio e limitou a terra aos pequenos camponeses desarticulando a agricultura familiar no estado. “Sarney reinventou o latifúndio moderno”.
Outra forma de transferência de terras do Maranhão para grandes projetos agropecuários foi através da SUDAM – Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia e SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste que através da política de incentivos fiscais entregou imensas áreas aos grandes fazendeiros o que acabou por transformar as terras da pré-Amazônia maranhense e do cerrado em imensas propriedades improdutivas. Nesse contexto, é o próprio Estado que financia e sustenta o agronegócio e consequentemente a miséria do camponês maranhense. O financiamento, a grilagem, a expulsão dos camponeses de suas terras, assassinatos e ameaças são assegurados aos fazendeiros, como fosse um direito, pelo estado, pela policia, pelo judiciário e funcionários dos cartórios a custa da expropriação, exploração e violência.  Aos trabalhadores rurais nada são assegurados, vivem em um estado latente de opressão e exploração, em um estado de grande injustiça social.
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2006, caracterizam bem como é desigual à estrutura fundiária do Maranhão e como é desastrosa sua política agrária.  Os dados de 2006 mostram que os imóveis rurais menores de 10 hectares representam boa parte das propriedades, 47,38%, porém, ocupam somente 1,37% da área total. Por outro lado, os imóveis acima de 1.000 hectares representam apenas 1, 37% das propriedades e ocupam 36,12% da área total. Essa estrutura fundiária explica o porquê temos tanta miséria no campo, por que somos os maiores exportadores de mão-de-obra escrava e por que temos um número expressivo de mortes e conflitos por terras. E a política fundiária adotada é uma política para os grandes empreendimentos, para o agronegócio. É o Estado aliado ao capitalismo monopolista que à luz do agronegócio entranha no campo maranhense, principalmente no cerrado, desarticulando a economia camponesa e subjugando os trabalhadores rurais ao imperativo do capital: exploração.
Os trabalhadores rurais estão alheios a essas políticas estatais, pois, não entram na lógica de reprodução do capital. A agricultura familiar não interessa ao mercado internacional já que não gera a produção ampliada de riqueza, nesse sentido, que o Estado atuando no interesse do capital intencional a luz do agronegócio, coloca de lado as necessidades da população camponesa: necessidade de acesso a terra, regulação de terras (principalmente as terras quilombolas e as RESEX – Reserva Extrativista), de creditos, de políticas agrícolas, incentivos fiscais, etc. A capitalização do campo e a subsunção do trabalhador rural ao capital tem conveniência do Estado burguês.
É nesse contexto que se desenvolve as lutas e a resistência pela terra no Maranhão, muito importante para o desenvolvimento camponês e superação das injustiças no campo. É condição necessária para a reprodução de sua existência e de melhores condições de vida, ao mesmo tempo coloca em cheque esta sociedade mercantil basilada sobre a injustiça social.
A superação desde quadro de injustiça social existente no campo maranhense passa necessariamente pela reforma agrária que garanta a todos o acesso a terra e condições de sua reprodução, e isto, necessariamente passa pelo rompimento da lógica do capital. É a luta organizada dos trabalhadores rurais contra o capital à luz dos latifúndios que vai garantir a superação desta estrutura agrária injusta, e construir uma estrutura agrária que garanta a todos o direito de acesso a terra e justiça social.